30 janeiro, 2006

NEVE!! :) *parte II*

As patas do Ben, a gata que hoje tentou perceber, com alguma desorientação, o que era...neve! :)

Eu e o meu mano Miguel

Eu e o meu mano André

O Rufus adorou a neve, o pior era o facto das patas ficarem geladas... :)

The Snowman!! :)

A (priveligiada) vista de minha casa :)

29 janeiro, 2006

NEVE!! :)

"Susana acorda, vem ver uma coisa. Vem lá, é uma coisa especial e tu vais adorar. Vá, vem lá que não te posso mostrar aqui, tens de ir a um sítio"... foi assim que acordei hoje pelo meu mano André, por volta das 9.30h.

Fui à janela e...neve!! Gosto tanto! bem, isto até ter estado lá fora um bom bocado e ter ficado quase congelada! lol Mas é tão giro ver tudo tão branquinho... E para quem vem do país da neve (lol) ainda é mais giro. A primeira e única vez que vi nevar em Portugal foi quando cheguei do Canadá, há 17 anos. Como é óbvio, mal me lembro. Agora tenho máquina digital para não me voltar a esquecer! :)

O Ben não gostou lá muito deste ínicio de dia... Mas apesar de tentar fugir aos flocos de neve lá os foi lambendo e brincando :)

27 janeiro, 2006

David Fonseca

O meu primeiro post sobre o David Fonseca... para quem me conhece sabe a minha panca e paixão por este homem. Para não desmorenecer (nunca se sabe!) vou ver o concerto amanhã, Sábado, a Alcobaça. Estou ansiosa.
Já fui a Coimbra vê-lo na apresentação do novo cd mas um concerto é sempre diferente e adoro esta nova fase dele em que está tão intimista com o público, mostra-se muito mais real.
Para os muitos que vão encontramo-nos por lá... :) Para os que não vão não se preocupem, eu tiro muitas fotos e depois mostro! :)


A foto fui eu que tirei em Coimbra, no Teatro Gil Vicente. Ele estava tão pertinho... um ou dois metros... era só ter esticado o braço... :)













E acabadinho de sair, o videoclip do novo single "Hold Still" foi feito apenas com fotos de Augusto Brázio e montado pelo próprio e por David Fonseca. É a preto e branco e é estranho por não ser em vídeo mas é essa a beleza dele. Espero que gostem... Não consigo pôr aqui o que tenho guardado no pc por isso a única forma é através do site da rádio comercial.

http://radiocomercial.clix.pt/destaques/david_fonseca/index.asp

18 janeiro, 2006

Rufus... o meu pequeno monstrinho de estimação :)

Hoje peguei em mim e no meu monstrinho e lá fomos nós passear... o local escolhido foi a Serra de St. António. No meio de paisagens lindas e no meio da Natureza tirei umas fotos ao Rufus. Deixo-as aqui para vos apresentar o Rufus devidamente, como prometi! :)














Rufus :)


Foto abstracta: a coleira vermelha e a bola amarela/verde do Sr. Rufus



Aqui está a paixão do rufus: a bola que tanto o faz correr :)

Rufus looking to me... so scary... :)

Roer uma pedra... acham mau? Talvez haja quem goste... :o)

07 janeiro, 2006

I want you to adore me, don't want you to ignore me.

I want to sleep, wake up, with you...

I like to feel you, close... watch you.kiss you...

06 janeiro, 2006

Elogio ao amor - Miguel Esteves Cardoso

Elogio ao amor (Miguel Esteves Cardoso - Expresso)

"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas.
Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la.
Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível.
A culpa é minha.
O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.
O que quero é fazer o elogio do amor puro.
Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade.
Já ninguém quer viver um amor impossível.
Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática.
Porque dá jeito.
Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.
Porque se dão bem e não se chateiam muito.
Porque faz sentido.
Porque é mais barato, por causa da casa.
Por causa da cama.
Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".
O amor passou a ser passível de ser combinado.
Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.
O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível.
O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona?
Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso.
Odeio os novos casalinhos.
Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores.
O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo.
O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina.
O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.
O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente.
O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.
Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre.
Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos.
E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz.
Não se pode ceder.
Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra.
A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um minuto de amor pode durar a vida inteira.
E valê-la também."